“Gonçalves Dias” "livros por Gabriel Perissé”
“Não é difícil encontrar pessoas que, mesmo hoje, saibam de cor alguns versos de Gonçalves Dias, um dos maiores poetas brasileiros. (...)
Gonçalves Dias era filho de um português e de uma cafuza, de modo que seu nacionalismo não consistia apenas numa nota romântica, mas num dado genético: branco, negro e índio, mistura perfeita. Mistura, aliás, que foi de algum modo por ele tematizada no poema Marabá (palavra que em língua tupi significa a mistura entre índios e brancos), em que a índia (filha de uma índia com um europeu) se queixa da discriminação que sofre dos homens da tribo: "Eu vivo sozinha; ninguém me procura! / Acaso feitura / Não sou de Tupá? / Se algum dentre os homens de mim não se esconde, / 'Tu és', me responde, / 'Tu és Marabá!'"
Lembremos aqui a familiaridade de Gonçalves Dias com a língua tupi, a ponto de ter composto um Dicionário Tupi, (...)” (Lido algures na internet)
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