Assim como ontem foi dia de tristeza nos Países-Baixos, em aniversário do início da invasão e ocupação do país pelo exécito alemão nazi, em que se lembraram os mortos, os inocentes feitos prisioneiros, torturados e assassinados, em grande parte judeus, sem esquecer os ciganos e os membros da resistência clandestina, corajosa, de tantos e tantos cidadãos que tudo fizeram para libertar o país do jugo desumano do ocupante, hoje o dia é pintado de sons, de concertos, de festivais, de danças, de alegria esfusiante.
É o dia da Liberdade reencontrada. Comemora-se o dia, aparentemente já longínquo no calendário do tempo, mas sempre tão perto no coração e memória do povo neerlandês, através de gerações, em que o inimigo criminoso capitulou e a nação, o povo, foi libertado.
Quer a coincidência que, no calendário, ao dia de ontem se siga o de hoje. O contraste não poderia ser maior.
Por todo o país, aldeias ou cidades, as pessoas vivem a alegria de serem livres. Elas sabem, melhor do que ninguém, que a liberdade e dignidade humana são incompatíveis com ditaduras, ditadores (mesmo os que, mentirosamente, se auto-apelidem de democratas), escravidão, intolerância, discriminação (seja ela de que tipo for), ausência de liberdade de pensamento, de expressão de opinião, de escrita, de vivência de orientação sentimental e/ou sexual, de religião, etc..
Por isso hoje, 5 de Maio, neste país em que a História não é esquecida, antes é também motor para o presente e futuro. País-exemplo, país auto-construído, país sempre na vanguarda do presente e do futuro, em que o ser humano é central.
Em liberdade, democracia, tolerância, sentidas e participadas.
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