“Pintura” “Paixão pelas formas e harmonias continua a inspirar Nadir Afonso” A paixão pelas formas e o prazer de criar proporções harmoniosas continuam a inspirar a pintura de Nadir Afonso. Aos 88 anos, não se arrepende de ter abandonado a arquitectura, uma arte que lhe criava problemas por ser «utilitária» |
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Mas talvez a arquitectura nunca tenha abandonado o artista nascido em Chaves, em 1920, porque as paisagens urbanas, na sua essência, mantêm-se vivas em inúmeras telas do artista.
Para assinalar os 70 anos de carreira do pintor, a Assembleia da República inaugura segunda-feira uma exposição intitulada As Cidades no Homem, com vinte telas produzidas desde a década de 1940 até à actualidade.
Em entrevista à Agência Lusa na residência e ateliê em Cascais, Nadir Afonso falou das fontes de inspiração e da essência da sua obra plástica.
Com uma obra representada dentro e fora de Portugal, em espaços privados e públicos, como por exemplo, os grandes painéis de azulejos da estação de metro dos Restauradores, em Lisboa, admite que continua a desconhecer por que razão as cidades o fascinam tanto.
«Sei apenas que me fascina alguma coisa que me toca. Nós somos atraídos pela harmonia e pela proporção das coisas. Posso não compreender, mas sinto, e o artista transmite aquilo que sente» , descreveu.
Admite que nunca viu algumas das cidades que pintou. «Para documentar uma obra tive que escolher alguns nomes de cidades, mas nunca as vi na realidade. O que me interessa é a sua essência», reiterou, sobre a sua visão das paisagens urbanas.
Para o pintor flaviense - que teve a sua primeira formação académica em arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, e depois em pintura na École des Beaux-Arts de Paris - o mais importante na obra de arte é a essência, e essa «é constante, não muda com o tempo».
«Por isso ainda hoje sentimos satisfação estética nas obras de arte egípcias, gregas ou do Renascimento» , exemplificou.
A matemática e as formas geométricas continuam a ser as maiores fontes de fascínio. «Um quadrado tem quatro ângulos perfeitamente iguais! Um círculo é um ponto central equidistante dos pontos periféricos. Isto é uma fantástica lei matemática que nos cria emoção», observou.
«São leis que ressoam no espírito e dão uma forte sensação de plenitude» , insistiu.
Classifica a estética da sua obra como «rudimentar» e considera-a muito «fácil de compreender», apesar de «muitos não estarem de acordo».
«O filósofo acredita que o artista transmite para a tela o que está na sua alma. Mas esta concepção da arte está errada. Vem tudo da natureza - contrapõe - e o espírito do homem é um receptor dessas leis que sente intensamente» .
Depois de ter estudado arquitectura, ainda chegou a trabalhar com Le Corbusier, em Paris, e Oscar Niemeyer, no Brasil, ambos arquitectos de grande renome que lhe permitiram sempre dedicar algum tempo à pintura, o que lhe proporcionou um grande prazer e até alívio.
Recordou que abandonou a arquitectura em 1965 justamente por sentir que lhe trazia «problemas».
«Se uma forma está harmoniosa não pode ser utilitária porque a proporção matemática é exigentíssima, e não permite que a forma suporte qualquer utilidade» , justificou, admitindo ter-se sentido incapaz de conciliar ambas.
«Eu sou muito exigente na composição. É sagrada» , disse, convicto.
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(Lido em: Sol, 5 de Fevereiro de 2009)
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