Se a memória não me falha, este foi o primeiro Natal que passei sozinho. Por planeamento deficiente e por circunstâncias inesperadas dependentes de outros. Não se pode dizer que tenha sido uma experiência má, foi, isso sim, uma experiência vazia. A tentar não repetir. Deu (esse é o reverso positivo de qualquer medalha) para pensar, tanto mais que aconteceu temporalmente associada a indícios concretos de notícias eventualmente abaladoras de confiança em pessoas com cargos políticos em quem confio/confiava (o tempo verbal depende da confirmação ou não das notícias). Deu para pensar como o Natal era no tempo em que meus pais eram vivos, nos rituais habituais, nos natais com familiares depois da morte deles. Deu para pensar no sentido humano desta noite. Deu para pensar no sentido desumano da comercialização desta época. Deu para melhor pensar naqueles que na verdade estão privados de Natal. Deu, por circunstâncias adicionais já referidas, para pensar no agora e amanhã. Deu para pensar no sentido disto tudo. Ou o vazio do mesmo.
Ah!, já me esquecia, Bom Natal a todos!
Recent Comments